Crise na Venezuela: Maduro enfrenta pressão internacional e intensifica retaliações
A crise política na Venezuela se agrava, com o regime de Nicolás Maduro enfrentando crescente isolamento internacional. Recentemente, os Estados Unidos reconheceram a vitória da oposição nas eleições presidenciais, enquanto a Argentina também questiona a legitimidade do pleito. Como resposta, Maduro intensificou medidas de retaliação, incluindo o corte de energia da embaixada argentina em Caracas, um ato amplamente condenado pela comunidade internacional.
Pedro Urruchurtu Noselli, opositor do regime chavista e asilado na embaixada argentina, denunciou por meio de suas redes sociais que agentes ligados a Maduro cortaram a luz do local na madrugada deste domingo (24). Segundo Noselli, a intimidação é constante, com o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) cercando a embaixada e bloqueando o acesso à rua desde a noite anterior. Além dele, outras figuras políticas, como Magalli Meda, o ex-deputado Omar González e o ex-ministro Fernando Martínez Mottola, também estão abrigadas no local.
O Ministério de Relações Exteriores da Argentina repudiou o que classificou como “atos de assédio e intimidação”. Em comunicado, o governo argentino destacou que as ações violam o direito internacional, que assegura a inviolabilidade de sedes diplomáticas e a proteção de requerentes de asilo. A tensão aumenta em um momento de fragilidade para Maduro, cuja legitimidade é cada vez mais questionada por países da região.
Especialistas apontam que a postura de Maduro reflete a busca por consolidar sua autoridade interna diante da perda de apoio externo. No entanto, atos como o cerco à embaixada argentina e o envio de agentes armados para intimidar dissidentes têm o potencial de aumentar a condenação internacional. "A violação do direito internacional em episódios como esse só reforça o caráter autoritário do regime", destacou Edmundo González Urrutia, diplomata e ex-candidato presidencial venezuelano.
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