Alerta Máximo: Risco Muito Alto de Inundações no Rio Grande do Sul
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden) emitiu um alerta crítico nesta quinta-feira (17) indicando um risco "muito alto" de inundações persistentes em várias regiões do Rio Grande do Sul neste sábado (18). Este comunicado chega após semanas de chuvas intensas que têm causado estragos significativos em diversas partes do estado desde o final de abril. As mesorregiões Centro-Oriental, Sudeste Rio-Grandense e a região metropolitana de Porto Alegre são áreas particularmente vulneráveis, segundo o Cemaden.
Municípios como Lajeado, Cruzeiro do Sul e Pelotas, que já estão sofrendo com as fortes chuvas, continuam sob ameaça iminente de inundações adicionais. O Cemaden aponta que os elevados acumulados de chuva das últimas semanas são uma das principais razões para a manutenção das inundações. O solo saturado e o deslocamento das ondas de cheia pelas bacias hidrográficas locais complicam ainda mais a situação. Em especial, a Bacia do Lago Guaíba é uma área crítica, pois recebe águas das bacias dos rios Jacuí, Taquari-Antas, Caí, Sinos e Gravataí, todas com níveis elevados. Esta condição agrava a situação de Porto Alegre, onde o nível do Lago Guaíba estava em 4,62 metros às 17h15 de ontem.
As enchentes no Rio Grande do Sul já atingiram 344 mil imóveis, conforme análise do UOL baseada em um mapa da área afetada elaborado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Esse número impressionante inclui 293 mil residências, 41 mil construções comerciais, 2.600 imóveis rurais, 1.300 igrejas, 759 estabelecimentos de saúde e 662 instituições de ensino. A área total afetada é de quase 3.500 quilômetros quadrados, maior que as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro juntas. O impacto humano é devastador. Segundo um boletim da Defesa Civil divulgado às 18h desta sexta-feira, as enchentes já deixaram 154 mortos.
Além das regiões do Rio Grande do Sul, o alerta se estende para partes de Santa Catarina, incluindo as mesorregiões Norte e Sul Catarinense, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Essas áreas também podem enfrentar pancadas de chuva forte que podem levar a alagamentos e inundações. Para mitigar os danos e proteger vidas, é essencial que os governos locais e estaduais, juntamente com organizações de resposta a desastres, reforcem suas operações de resgate e assistência.
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