O Hezbollah no Brasil: um plano frustrado de terrorismo
O Hezbollah é um grupo político e militar libanês, que tem como objetivo a destruição do Estado de Israel e a defesa dos interesses da comunidade xiita no Líbano e na região. O grupo é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e outros países ocidentais, mas também tem participação na vida política e social do Líbano, onde possui representantes no parlamento e em ministérios.
O Hezbollah tem uma presença histórica na América do Sul, especialmente na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, onde se estima que existam milhares de simpatizantes e colaboradores do grupo. A região é conhecida por ser um polo de atividades ilícitas, como tráfico de drogas, contrabando de armas, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. O Hezbollah se aproveita dessas atividades para arrecadar fundos para suas operações no Oriente Médio.
No entanto, o Hezbollah não costuma realizar ataques terroristas fora de sua área de atuação, que se concentra no Líbano, na Síria e em Israel. O último atentado atribuído ao grupo na América Latina foi em 1992, quando uma bomba explodiu na embaixada de Israel em Buenos Aires, matando 29 pessoas e ferindo mais de 200. O Hezbollah nega envolvimento no caso, que nunca foi totalmente esclarecido.
A motivação dos suspeitos ainda é desconhecida, mas pode estar relacionada ao conflito entre Israel e o Hamas, que se intensificou nos últimos meses, com troca de foguetes e ataques aéreos. O Hezbollah é aliado do Hamas, que também é um grupo islâmico que luta contra Israel e controla a Faixa de Gaza. O Hezbollah manifestou apoio ao Hamas e afirmou que está pronto para entrar na guerra se Israel atacar o Líbano.
No entanto, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que deixou o cargo em 2022 após sofrer um impeachment, adotou uma postura mais alinhada aos interesses de Israel e dos Estados Unidos, chegando a anunciar a transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, uma medida polêmica que desagradou os países árabes. O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que assumiu o poder em 2023, prometeu rever essa decisão e retomar o diálogo com todos os países do Oriente Médio, buscando uma solução pacífica para o conflito entre Israel e Palestina.
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