Atual governo brasileiro teme perder negócios com a Argentina caso Milei vença as eleições.
A Argentina está prestes a realizar eleições presidenciais em 2023, e um dos candidatos que vem ganhando destaque é Javier Milei, um economista de direita que defende ideias liberais e contrárias ao atual governo de Alberto Fernández, de esquerda. Milei propõe medidas como a dolarização da economia, a redução dos gastos públicos, a privatização de empresas estatais e a revisão do Mercosul, o bloco econômico que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
A possível vitória de Milei na Argentina é um assunto que gera preocupação no governo brasileiro, que tem uma forte parceria comercial com o país vizinho. O Brasil é o principal destino das exportações argentinas e o terceiro maior fornecedor de produtos para a Argentina. Em 2020, o comércio bilateral entre os dois países somou US$ 16,1 bilhões, sendo US$ 9,2 bilhões em exportações brasileiras e US$ 6,9 bilhões em importações argentinas. A crise econômica e política na Argentina afeta diretamente o Brasil, especialmente os setores industriais que dependem do mercado argentino, como o automotivo, o de máquinas e equipamentos e o de alimentos.
O governo brasileiro ainda não se manifestou oficialmente sobre as eleições na Argentina, mas espera-se que mantenha uma postura de respeito à soberania do país e de disposição para o diálogo. O ex presidente Jair Bolsonaro teve uma relação tensa com o atual presidente argentino Alberto Fernández, mas já demonstrou simpatia por Milei em algumas ocasiões. No entanto, isso não significa que haverá uma aliança automática entre os dois líderes, já que eles também têm divergências em temas como meio ambiente, direitos humanos e política externa. Esse poderia ser um fator relevante caso Milei não fosse tão opositor a Lula.
A troca de comando na Argentina envolve programas de governo bastante diferentes entre si e ainda não está claro quais os rumos do país e as consequências econômicas do futuro presidente. Alguns acreditam que Milei pode adotar uma postura mais pragmática e moderada se for eleito, buscando manter boas relações com o Brasil e outros parceiros comerciais. Outros, porém, temem que ele possa agravar a instabilidade na região e gerar conflitos diplomáticos.
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