Com mais um ministro do STF se aposentando, Lula tem mais uma oportunidade de deixar o judiciário ainda mais do jeito que ele quer.
Rosa Weber é a atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do Brasil. Ela vai se aposentar em 2 de outubro, quando completa 75 anos, e será substituída pelo advogado-geral da União, André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro. A ministra tem uma longa carreira na magistratura, iniciada em 1976.
Ela foi indicada ao STF pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2011 e se destacou por sua atuação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde presidiu as eleições de 2018. No STF, ela é considerada uma magistrada discreta, técnica, pragmática e independente, que não se alinha a nenhum grupo ou ideologia. Rosa Weber tem pautado temas polêmicos e sensíveis, como a descriminalização do aborto, do porte de drogas e do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Ela também tem enfrentado críticas e pressões de setores políticos e sociais que discordam das decisões do tribunal.
Entre os casos mais relevantes que ela julgou no STF, estão o mensalão, a prisão após condenação em segunda instância, a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, a anulação das condenações do ex-presidente Lula, a liberação da vacinação contra a Covid-19 e a abertura da CPI da Pandemia. Ela também foi responsável por conceder habeas corpus a diversos presos durante a pandemia.
Outro assunto que deve ser analisado pelo STF sob o comando de Rosa Weber é o marco temporal para demarcação de terras indígenas. A Corte deve retomar o julgamento do caso envolvendo a Terra Indígena Ibirama-Laklãnõ, em Santa Catarina, que pode definir o futuro de outras 300 terras indígenas no país. A tese do marco temporal defende que os povos indígenas só teriam direito às terras que estivessem ocupando na data da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988.
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