Lula teve uma vitória muito importante ao conseguir que o congresso aprovasse o a PEC fura teto. Foi importante porque esse era o momento de ser aprovado. No começo do próximo mandato, os aliados de Bolsonaro vão entrar com força e Lula será voto vencido. No entanto ele está tentando conseguir se aproximar o máximo possível do centrão.
O Centrão cobrará do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ministérios com orçamentos vistosos em troca de apoio à PEC da Transição na Câmara. A União Brasil, por exemplo, apresentará projeto de lei solicitando mineração, energia e desenvolvimento regional, que mudará de nome .
Além disso, ele queria controlar as incorporadoras de São Francisco e do Vale do Panaíba, um regime ditatorial que de longe extraiu seus maiores recursos de um orçamento secreto. PSD quer o Ministério das Infraestruturas.
O apetite por essas posições é razoável. Os três ministérios (Minas e Energia, Desenvolvimento Regional e Infraestrutura) terão cerca de R$ 70,6 bilhões para gastar no próximo ano, valor que deve aumentar à medida que o orçamento secreto for redistribuído após a aprovação da PEC.
Líderes da mesa da câmara, o relator transitório da PEC Elmar Nascimento (BA) e o vice-presidente Celso Sabino (PA) debatem internamente a nomeação da União Brasil para a presidência de Mineração e Energia. Os dois são próximos do prefeito Arthur Rilla. O pedido do Senado é para a senadora eleita Professora Dorinha, citando o senador Alexandre Silveira como responsável pelo desenvolvimento da infraestrutura.
Homem de confiança do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, Silveira não foi reeleito, foi relator da PEC da Transição no Senado e ajudou o governo a aumentar os votos. Ele já havia feito campanha para Lula em Minas. PSD não é adequado como raiz do Centrão, mas roda nesse quarteirão.
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