Bolsonaro coloca governadores contra a parede, promete zerar os impostos nos combustíveis, basta eles concordarem.
Num ato incrivelmente corajoso, o presidente Jair Messias Bolsonaro deu seu maior golpe de mestre até o momento. Ele levantou da cadeira presidencial, apontou para os governadores do país e disse, zerem seus impostos sobre os combustíveis que eu pago o prejuízo.
Mas como não podia deixar de ser, já estão inventando um monte de desculpas. O ministro da Fazenda de SP diz que a proposta de ICMS zero é o remédio errado para o combustível alto.
Felipe Salto disse que os cortes de impostos propostos pelo governo federal devem levar a uma erosão da receita estadual e do financiamento de políticas públicas. Salto acredita que a ideia de reduzir ou mesmo zerar o ICMS é o remédio errado para tratar a doença, o que aumentará os custos com combustível.
Segundo ele, essa redução pode ter efeitos de longo prazo no fluxo de caixa dos estados e levar à redução da arrecadação e do financiamento de políticas públicas. O impacto por si só pode ser significativo, mas será rapidamente corroído pelos preços do petróleo.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira uma moratória nos impostos federais sobre gasolina e etanol. O governo recomenda que os estados tomem medidas semelhantes para zerar a circulação de bens e serviços a diesel e gás e garantam repasses da União para compensar a taxa.
As pessoas continuam achando que o ICMS será o culpado pelo preço, mas não é o caso, pois está congelado desde novembro passado. O diesel [em São Paulo] foi tributado em R$ 0,66 em novembro. Você sabe quanto dinheiro é hoje? R$ 0,66 centavos. Então por que o preço passou de quase 5 reais para mais de 7 reais? Porque o petróleo está aumentando", disse o secretário.
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