A realidade está sendo cruel para Lula. Com poucas amizades legais ele vê dificuldade em conseguir lugar nas cidades.
Não dá pra saber como as pessoas ainda acreditam numa vitória de Lula. Apesar do quê é cada vez mais difícil ver pessoas que o apoiam. Com Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin formalmente aliados nas eleições deste ano, PT e PSB tentam chegar a um consenso sobre candidatos de dois estados do Sudeste - São Paulo e Rio de Janeiro. Em Minas Gerais, o Partido dos Trabalhadores buscou o apoio do PSD liderado por Gilberto Kassab, mas uma cadeira no Senado foi um obstáculo.
Essas incertezas ameaçam a plataforma do PT no maior colégio eleitoral do país. São Paulo é o estado com maior número de eleitores, com 32,3 milhões, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PT quer colocar Fernando Haddad como candidato ao governo do estado, que está em um impasse com o PSB.
Por região, Bolsonaro lidera o Sul, Centro-Oeste e Norte em números, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera o Sudeste e Nordeste por uma ampla margem.
Em um campo de jogo tão desfavorável, a estratégia do governo para a reeleição de Bolsonaro inevitavelmente apostará nos meios, afetando a imagem de Lula. De forma que poderia perder pontos na pesquisa, não só no Sudeste, mas também no Sul, Centro-Oeste e Norte. Como resultado, os eleitores começarão a confrontar as memórias do público e da mídia de épocas conturbadas passadas e recentes do PT.
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